O pequeno fruto da oliveira de sabor intenso é um ingrediente consagrado na gastronomia mundial, em especial na dieta mediterrânea. Para além da cozinha, a azeitona é também conhecida por suas propriedades para a saúde.
Entre as curiosidades sobre o fruto de semente única e polpa carnuda está o fato de não ser consumido fresco, em razão do sabor extremamente amargo. Mas você sabe o que causa essa característica? Separamos essa e mais outras informações e histórias sobre a azeitona que nem todo mundo conhece. Confira:
1. A azeitona existe há mais de 5 mil anos
A origem exata da oliveira – árvore que tem como fruto a azeitona – é desconhecida. Mas acredita-se que seu cultivo seja um dos mais antigos da história e que tenha sido originado por povos do Mediterrâneo, há cerca de 5 mil anos. Foi na Grécia Antiga que a oliveira, a azeitona e o azeite de oliva ganharam notoriedade. A popularização do consumo pelo mundo, entretanto, aconteceu apenas no século 19.
2. A oliveira foi árvore de destaque na mitologia grega
Na mitologia grega, Atenas era a deusa escolhida para proteger a cidade de nome homônimo, depois que os habitantes fizeram uma competição entre os deuses. Para agradar aos moradores, Atenas ofereceu uma oliveira, que fornecia alimento, óleo e madeira. O povo ficou encantado com o presente e a escolheu como representante. Com base na mitologia, a árvore passou a ser considerada sagrada. Nos jogos olímpicos da Grécia Antiga, os campeões recebiam uma coroa com ramos de oliveira.
3. A oliveira mais antiga do mundo tem 3.350 anos e ainda dá frutos
Acredita-se que a oliveira mais antiga do mundo está localizada na Aldeia de Ano Vouves, na ilha grega de Creta. A árvore é conhecida como “oliveira de Vouves” e tem um tronco com 12,5 m de perímetro. A oliveira de Vouves ainda dá frutos e, em 1997, foi declarada monumento natural protegido.
4. As azeitonas devem ser colhidas à mão
Para garantir a qualidade final da azeitona de mesa, Lauren Vicki, supervisora de qualidade e responsável técnica da Vale Fértil, explica que a colheita feita à mão é a que garante a maior qualidade do produto. Isso porque processos mecanizados podem “machucar” o fruto, que é sensível. Assim, elas são colhidas à mão, uma a uma ou em cachos. Dessa forma, é possível escolher apenas os melhores frutos, além de garantir sua integridade.
5. Não pode ser comida fresca
Comer o fruto direto do pé não funciona no caso da azeitona. Isso porque o fruto in natura tem sabor extremamente amargo e forte. O que causa essa característica é a presença de um composto chamado oleuropeína, que representa cerca de 14% do peso total do ingrediente. Para que fique palatável, o fruto precisa ser fermentado ou processado. Esses processos retiram o amargor e evidenciam as características sensoriais da azeitona, fazendo com que fique muito agradável.
6. A azeitona faz bem para a saúde
A azeitona e o azeite de oliva são conhecidos também pelos benefícios para a saúde. São ricos em vitaminas, sais minerais, ácidos graxos e fibras, com destaque para ômega 9 e a vitamina E. Além disso, também são fontes de gorduras monoinsaturadas e polifenóis, que possuem propriedades antioxidantes. “Seu consumo frequente ajuda a prevenir doenças cardíacas, reduz o risco de diabetes e protege a saúde do cérebro”, explica a nutricionista e chef de cozinha Camila Pazello, coordenadora dos cursos de Nutrição e Gastronomia da UniOpet.
7. Podem ser encontradas em diferentes cores
As azeitonas de diferentes cores – verde, marrom, arroxeada ou preta – são todas fruto da mesma árvore. O que difere uma da outra é o varietal e o grau de maturação. Quanto mais maduro o fruto, mais escuro ele fica. “As verdes apresentam, em geral, um sabor um pouco mais amargo do que as pretas, que têm como uma de suas características uma maciez maior e sabor mais suave”, conta a supervisora de qualidade e responsável técnica da Vale Fértil, Lauren Vicki. Mas a mudança da cor pode ocorrer também durante o processo de fermentação, que é uma das etapas de produção das azeitonas.
Fonte: g1.globo.com
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